Se você acompanhou o noticiário de tecnologia em 2024, provavelmente já deve estar exausto de ouvir falar sobre Inteligência Artificial, realidade virtual e computação quântica. É como se cada semana trouxesse um novo avanço revolucionário – e, claro, mais um termo para decorar. Mas calma! Vamos fazer um apanhado geral e te ajudar a entender por que essas tecnologias foram as grandes protagonistas do ano.

A verdade é que 2024 foi um ano marcante para a tecnologia, e a IA definitivamente liderou o pelotão. Mas ela não foi a única a brilhar. Outras áreas, como a realidade aumentada e a computação quântica, também deram passos importantes. Então, antes de entrarmos em 2025, vamos revisar o que realmente fez barulho (e o que pode ser mais do que apenas hype).

2024 Foi o Ano da IA? Sim… Mas Tem Mais Coisa No Pacote

Vamos encarar os fatos: se 2023 foi o ano em que a IA começou a chamar atenção, 2024 foi o ano em que ela saiu do laboratório e entrou de vez no dia a dia. Ferramentas baseadas em Inteligência Artificial generativa estão em todos os lugares – e agora você pode pedir desde um texto bem escrito até um vídeo editado por IA, tudo sem sair do sofá.

Mas a IA não dominou sozinha. Outras tecnologias avançaram e compartilharam os holofotes. A grande diferença em 2024 foi que a IA começou a se tornar mais “palpável”, com aplicações práticas que vão muito além do campo da tecnologia. Empresas de diversos setores passaram a adotar essas ferramentas, e o que antes parecia conversa de entusiasta virou uma realidade acessível.

Inteligência Artificial Generativa: A Revolução Que Saiu do Papel

Se você não sabe exatamente o que significa IA generativa, não se preocupe – no começo do ano, muita gente também não sabia. Em resumo, estamos falando de algoritmos que criam coisas: textos, imagens, áudios, vídeos e até códigos de programação.

Antes de 2024, isso parecia algo abstrato, restrito a desenvolvedores e grandes empresas. Mas agora, essa tecnologia já está nas mãos do público, facilitando tarefas e permitindo criações impressionantes com poucos cliques.

E o que mudou? A IA generativa ficou mais fácil de usar, mais acessível e, claro, mais poderosa. Áreas que antes não viam muita utilidade na IA começaram a integrá-la em seus processos, desde marketing até produção de conteúdo. De repente, qualquer um pode criar uma campanha publicitária ou editar vídeos com ferramentas que, há poucos anos, exigiriam uma equipe inteira.

Os Quatro Grandes Avanços da IA em 2024

A popularização da IA generativa em 2024 foi impulsionada por quatro grandes momentos que moldaram o cenário tecnológico:

1. Modelos de Linguagem Mais “Inteligentes”
   Ferramentas como GPT e Gemini evoluíram a ponto de serem capazes de realizar raciocínios complexos. Em vez de apenas responder perguntas de forma linear, esses modelos passaram a quebrar problemas em partes, avaliando cada etapa antes de chegar a uma conclusão.

Esse processo, conhecido como “chain of thought” (cadeia de raciocínio), permite que a IA realize tarefas mais sofisticadas, desde diagnósticos médicos até análises de mercado.

2. IA Criando Vídeos
   Se criar textos e imagens já parecia revolucionário, a capacidade da IA de gerar vídeos em 2024 foi um divisor de águas. Ferramentas como o Sora e outros modelos começaram a produzir vídeos de alta qualidade, usados para campanhas publicitárias, redes sociais e até mesmo na produção de roteiros.

Essa tecnologia democratizou a criação de conteúdo audiovisual, permitindo que pequenas empresas criassem materiais de alta qualidade sem precisar de grandes orçamentos.

3. Modelos Pequenos e Poderosos
   Outra revolução foi o surgimento de modelos de IA compactos que rodam diretamente em smartphones e dispositivos móveis. Isso eliminou a necessidade de depender de servidores remotos, tornando a IA mais ágil e acessível.

Agora, seu celular pode realizar traduções instantâneas, sugerir edições em fotos e até gerar texto por comando de voz – tudo localmente, sem precisar de internet.

4. Avanços na Legislação de IA
   No Brasil, o uso da IA entrou na pauta política. O Senado aprovou o projeto de regulamentação de IA, estabelecendo diretrizes para o uso responsável dessa tecnologia. A proposta incluiu a classificação de atividades de alto risco, como:

• Identificação biométrica para reconhecimento emocional;
• Pesquisa policial e perfis comportamentais;
• Diagnósticos médicos assistidos por IA.

A regulamentação também abordou o uso de conteúdo com direitos autorais, facilitando a negociação entre autores e empresas que utilizam IA generativa.

Armas Autônomas: A Parte Menos Divertida da IA em 2024

Apesar dos avanços incríveis, nem tudo foi positivo. Um dos desenvolvimentos mais polêmicos do ano foi o uso de armas autônomas em conflitos internacionais. Drones equipados com IA, que não dependem de controle remoto, começaram a desempenhar um papel fundamental na guerra entre Rússia e Ucrânia.

A grande vantagem dessas armas é que elas não podem ser “embaraçadas” por jammers de sinais, usados para bloquear drones convencionais. Isso levou a uma corrida tecnológica, com várias nações investindo pesadamente no desenvolvimento de armamentos autônomos.

Realidade Virtual e Aumentada: O Metaverso Ainda Não Desistiu

Se o metaverso parecia uma ideia distante, 2024 trouxe algumas surpresas. O lançamento do Apple Vision Pro foi um marco, consolidando a aposta da Apple na realidade virtual e aumentada. Embora o dispositivo não tenha se tornado um sucesso de vendas imediato (talvez pelo preço salgado), ele representou um passo importante para popularizar essa tecnologia.

O foco foi oferecer uma experiência imersiva de alta qualidade, reforçando que o futuro da interação digital passa pelo uso de headsets e interfaces visuais avançadas.

Computação Quântica: O Retorno Triunfal

Quando parecia que 2024 já tinha apresentado todas as surpresas possíveis, o Google anunciou um novo chip de computação quântica. Essa tecnologia promete resolver problemas matemáticos que levariam séculos para serem processados por computadores convencionais.

Embora a computação quântica ainda enfrente desafios – como manter partículas em temperaturas próximas ao zero absoluto – o novo chip traz um avanço significativo, corrigindo erros de forma eficiente. Mesmo que a computação quântica ainda não esteja pronta para o mainstream, os avanços em 2024 sinalizam que estamos mais perto dessa revolução.